Em entrevista para o jornalista Artur Oliveira Filho, da Rádio Justiça, o vice-presidente da Fenapef, Luis Antônio de Araújo Boudens abordou o PL 4.264/12 que institui o adicional de fronteiras. O PL foi retirado da pauta na noite da última terça-feira (11) em razão da obstrução de bancadas partidárias que querem garantir a inclusão de outras carreiras.
Boudens falou sobre a importância do adicional e das dificuldades encontradas pelos colegas que atuam nas fronteiras de todo o país. Mencionou que o direito a esse benefício é uma reivindicação antiga da categoria. “Os policiais que são designados para essas regiões precisam de um incentivo a mais. Há lugares, por exemplo, que o aluguel é muito caro e as condições de moradia são muito difíceis”, disse.
O vice-presidente citou que o trabalho em fronteiras é contínuo (de fiscalização contínua), é extremamente desgastante, causa estresse e oferece risco de morte permanente. “Você fica muito exposto nestas regiões porque não há condições plenas de preservação da vida do policial, nem de sua família. Ao terminar o serviço, ele tem a preocupação pessoal com sua vida, com sua integridade física e também com a família. Estando em um lugar mal alojado, sem incentivo para estar nele, corre um risco muito maior do que as outras categorias do serviço público”, argumentou.
O objetivo do PL é estabelecer um mecanismo de compensação, capaz de minimizar a evasão dos servidores de regiões consideradas importantes para as políticas de segurança nacional.
