O superintendente da Polícia Federal no Mato grosso do Sul, Edgar Paulo Marcon, esteve nesta quinta-feira (25) em Ponta Porã para - como revelou sua assessoria - uma visita de cortesia e de avaliação do quadro funcional da Delegacia da Polícia Federal em Ponta Porã.
Entretanto, segundo as palavras de agentes da instituição na fronteira, a visita nada teve de cordial. Pelo contrário, para eles, as declarações do superintendente foram de clara ameaça aos agentes que acabam de encerrar um período prolongado de greve e que retornaram ao trabalho sob condições, ou seja, já que a reestruturação reivindicada pelos grevistas, de classificar agentes, escrivães e papiloscopistas como profissionais de nível superior, doravante e, legalmente, eles cumprirão apenas funções de nível médio, de acordo com o tratamento que lhes é dispensado.
As queixas dão conta de que o superintendente deixou claro a agentes e, inclusive a delegados, que não vai aceitar insolvências de ordens, nem tampouco ações que serão encaradas como insubordinação e, portanto, passível de sanções disciplinares.
Na visita a Ponta Porã, Edgar Marcon não falou com a imprensa e, pelo que foi informado, ele está fazendo uma "via sacra" por todas as delegacias do Estado, com a mesma missão e finalidade: deixar claro que as ordens deverão ser cumpridas gostem ou não. Em resumo, manda quem pode e obedece quem tem juízo.
Fonte: Correio de Corumbá