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Servidores se mobilizam em defesa das fronteiras Postado em 02/04/2012 por SINPEFRN às 00:00

Policiais federais, servidores da Receita Federal e policiais rodoviários federais realizaram nesta quinta-feira (29), em diversos pontos do país, uma mobilização para alertar sobre a precariedade da segurança nos 16,8 mil quilômetros de fronteiras do Brasil. De Norte a Sul do País os policiais realizaram abordagens minuciosas nos veículos e distribuição de material informativo sobre o movimento.

Na avaliação do do presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcos Wink, o movimento é uma mostra da disposição e mobilização dos policiais federais e de servidores da Receita e da PRF. "Essa é uma das pautas que estas três categorias irão trabalhar em conjunto fortalecendo assim sua ação", diz.

Wink destaca que a ideia é buscar o apoio da população. “Há tempos estamos alertando o governo sobre o déficit de agentes da Polícia Federal (PF) nessas áreas. A PF tem em seu quadro 13 mil policiais para atender todos os serviços. Precisaríamos de, pelo menos, uns 35 mil”, disse Wink, à Agência Brasil nesta quinta-feira. Segundo ele, quase 80% do efetivo faz trabalho burocrático.

“É preciso ficar claro que segurança não é apenas um homem fardado e armado andando de um lado para outro em uma ponte, é muito mais do que isso, envolve inteligência, atuação conjunta com outros órgãos.”

Na Ponte Internacional da Amizade, em Foz do Iguaçu, onde a mobilização teve grande adesão, houve grandes filas durante toda a manhã de quinta. “Esse tipo de operação tinha que ser mesmo padrão, fiscalizar sempre cada pessoa que entra no país, ver se não é procurado pela polícia, se não está trazendo drogas”, destacou o presidente da Fenapef.

Um dos focos da mobilização foi a criação do "adicional de fronteira" para aqueles que trabalham nessas regiões. As entidades pedem que essa remuneração extra abranja servidores de áreas de difícil provimento, como é o caso da Região Norte. De acordo com Marcos Wink, um policial que atua na fronteira recebe o mesmo salário do que está lotado em grandes centros urbanos.

 

Fonte: Agência Fenapef com Agência Brasil

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