notícias

Repente da greve da PF (segundo momento) Postado em 13/09/2012 por SINPEFRN às 00:00

Por: José Rafael Barbosa

1
Epa´s em greve de braços cruzados,
Toda Polícia Federal fica parada,
É a força policial que ficou presa,
E na intolerância ficou algemada,
Todos inquéritos estão parados,
E a pátria mãe sendo roubada.

2
Bandidos em seu bando organizados,
Percebem essa oportuna situação,
Analistas interrompem a análise,
Os alquimistas adiam a fiscalização,
Ficam prejudicados todos os setores,
E o turismo sem controle da imigração.

3
As barreiras já não barram ninguém,
Os crimes ficam impunes sem flagrância,
Operações adiadas perdem oportunidade,
O mal cresce rápido em abundância,
A economia dilapidada decresce,
E a população fica refém da ganância.

4
Os escrivães já não mais escrevem,
Os “papis” não realizam a identificação,
Os agentes não agem em diligências,
São os EPA´s buscando a restruturação,
Que há muito lhe é devida pelo governo,
Que não vem cumprindo sua obrigação.

5
Polícia Federal tem quem pode,
Do nosso nível, todos superior,
Somos formados por faculdade,
Estudamos muito até ser doutor,
Nossa carreira não foi reestruturada,
E o governo nos nega o valor.

6
Subordinados ao Ministério da Justiça,
Somos injustiçados em nossos direitos,
Embora orgulhosos de sermos federais,
Exigimos um tratamento de respeito,
A reestruturação da nossa tabela,
É condição para o trabalho perfeito.

7
Todos temos orgulho do nosso trabalho,
E trabalhamos com amor e apego,
A greve foi a nossa opção extrema,
E nela estamos em contínuo desassossego,
Ficamos tristes pelo nosso país agravado,
E respeitamos algum comportamento pelego.

8
Muitos deles são colegas já descrentes,
Por ter seus direitos até hoje negados,
Se submetem à determinação de gestores,
Que em gestão nunca foram formados,
Outros em suas limitações financeiras,
Por simples diárias são comprados.

9
A Polícia Federal não mais será a mesma,
Seja qual for desta greve o resultado,
Houve racha em quem nunca foi unido,
Uma força que enfraquece em separado,
Diminui a autoria e diminui a autoridade,
Se confunde a linha com o sublinhado.

10
A gravata não aceita se nivelar à farda,
O botom se acha superior ao ostensivo,
O gestor não se iguala à inteligência,
A caneta só quer assinar o opressivo,
Esquecendo que polícia é ação múltipla,
E que todos têm o mesmo distintivo.

11
Peço a Deus que não se chegue a extremos,
E que os ânimos não superem a razão,
Que haja compreensão e tolerância,
E que na força não haja divisão,
Ao contrário deveremos sair mais fortes,
Por termos tomado atual decisão.

José Rafael Barbosa é pernambucano, repentista, bacamarteiro e Agente de Polícia Federal, com muito orgulho.

Fonte: Agência Fenapef

voltar