Cerca de 100 policiais federais protestam por reestruturação da carreira, na manhã desta quinta-feira, em São Paulo. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), os servidores estão na calçada da ponte do Piqueri, desde cerca de 11h. Parte dos policiais também está na frente da Superintendência Regional da Polícia Federal, na rua Hugo D`Antola, 95, desde às 10h30. As duas manifestações são próximas, no bairro da Lapa, na zona oeste.
A manifestação é pacífica, mas, de acordo com a CET, interfe no trânsito da região, principalmente da marginal Tietê. Os policiais federais estão em greve desde o dia 7 de agosto.
De acordo com a Sindpolf-SP (Sindicato dos Servidores Públicos Civis Federais do Departamento da Polícia Federal no Estado de São Paulo), participam da manifestação agentes, escrivães e papiloscopistas, responsáveis pelas atividades de Inteligência da PF.
O sindicato informou que que novas investigações só serão iniciadas após o "atendimento dos pleitos de reestruturação dos cargos de agentes, escrivães e papiloscopistas"
Eles pedem a reestruturação de carreira, que é o reconhecimento do nível superior. Hoje os agentes recebem como se tivessem formação no ensino médio. Nos últimos dez anos, a diferença salarial é de cerca de 200% com essa diferença de categoria.
O serviço de inteligência está paralisado em todo Estado de São Paulo nesta quinta-feira. Pelo menos 1.400 funcionários cruzaram os braços. Crime organizado, roubo de cargas, corrupção, pedofilia e trabalho escravo são crimes que deixaram de ser investigados. A emissão de passaportes, com exceção dos serviços de emergência, e os serviços de análises também estão paralisados.
Greve
As categorias que não aceitaram a proposta do governo, de aumento salarial de 15,8% divididos em três anos, continuam com o movimento grevista e planejam protestos para mostrar que mantêm a lista de reivindicações. É o caso dos agentes, escrivães e papiloscopistas da PF (Polícia Federal).
Fonte: R7
