Cerca de 40 policiais federais “entregaram” as armas, os distintivos e suspenderam as atividadaes por 24 horas em um protesto em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. O intuito é chamar atenção do Governo Federal para a reestruturação da carreira. A categoria pede ainda o afastamento do diretor geral da Polícia Federal (PF). Por telefone  assessoria em Brasília, no Distrito Federal, informou que ninguém irá se pronunciar sobre o assunto.

O representante do Sindicato dos Policiais Federais de Minas Gerais (Sinpef/MG) em Uberlândia, José Arnaldo Galdino, afirmou que a paralisação de 24h é para pressionar o governo a dar uma resposta às propostas. “Estamos negociando há dois anos. Apresentamos propostas e esperamos uma contraproposta”, disse.

Segundo o policial, o pedido de reestruturação se dá por considerarem que a carreira é de nível superior e que, nos últimos oito anos, o reajuste feito à categoria está defasado. “A gente pede que o governo nos trate como profissionais de nível superior. Se verificar, nós temos uma defasagem dentro da Polícia Federal, pois os cargos de delegados e peritos têm o teto do funcionalismo do executivo. Uma distância muito grande em termo salarial”, afirmou.

A federação e os sindicatos de todos os Estados resolveram realizar a paralisação nesta quarta-feira (25) e, segundo José Arnaldo, se a medida não fizer com que o governo dê uma resposta, o sindicato já aprovou uma interrupção por tempo indeterminado. “Todas as investigações estão paradas e os aeroportos também devem estar com dificuldade, no serviço feito pelos agentes. A PF tem uma importância grande e sabemos da necessidade do serviço. Mas nós temos nossos anseios que precisam ter uma resposta”, disse.

Policiais pedem saída de diretor geral

O representante do Sinpef/MG em Uberlândia, José Arnaldo Galdino, afirmou ainda que outra reivindicação é a saída do Diretor Geral, Leandro Daiello. “Escrivães, agentes e papiloscopistas entendem que nosso diretor geral não defende toda a Polícia Federal. Estamos fazendo uma manifestação em Brasília pedindo a saída dele”, afirmou.

Fonte: Agência Fenapef com G1 e Correio de Uberlândia