Cerca de 200 policiais federais se reuniram, na tarde desta terça-feira (28), para uma manifestação, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Os representantes da categoria, que está em greve desde o dia 7 de agosto, se deslocaram do posto de emissão de passaportes, no bairro Anchieta, e foram até a Assembleia Legislativa de Minas Gerias (ALMG), no bairro Santo Agostinho. Eles estavam acompanhados de um carro de som e um caminhão que levou um piano, símbolo da manifestação. Durante a passeata, panfletos explicativos foram distribuídos à população.
Na Praça da Assembleia, os policiais foram recebidos pela Comissão de Segurança Pública da ALMG. No local, fizeram um ato público, no qual os integrantes da corporação carregaram o piano até o símbolo da ALMG, ao som do hino nacional em uma versão instrumental. “A mensagem desse “carregar o piano” é mais um ato contra uma desigualdade que existe dentro da PF. Hoje são cinco cargos de policiais com nível superior, mas somente dois remunerados como tal”, explica Renato Deslandes, presidente do Sindicato da Polícia Federal de Minas Gerais.
Proposta recusada
Representantes do Ministério do Planejamento e da Polícia Federal se reuniram nesta terça-feira (28), em Brasília. Agentes, escrivães e papiloscopistas decidiram manter a greve nacional da categoria e rejeitar a proposta de reajuste do governo.
Segundo a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), a decisão foi tomada após videoconferência entre os presidentes dos sindicatos nos estados e a diretoria da federação.
Nesta quinta-feira (30), está marcada uma assembleia geral extraordinária em Brasília para definir os rumos do movimento. Segundo a Fenapef, provavelmente haverá manifestações. Policiais e governo negociam há mais de 900 dias a reestruturação da carreira e salarial.
Fonte: G1