Policiais federais em Sergipe realizaram ontem à tarde um ato público de esclarecimento à população sobre os motivos que levaram e têm mantido a paralisação. De forma simbólica, eles fizeram um abraço ao Mirante da 13 de Julho e distribuíram panfletos às pessoas que passavam pelo local. De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Sergipe (Sinpef/SE), Durvalino Xavier, o objetivo era esclarecer e informar sobre o papel dos policiais federa
A adesão à greve em Sergipe já chega a 70%, com possibilidade de esse percentual ser aumentado nos próximos dias. Isso porque muitos policiais, escrivães e papiloscopistas que continuavam trabalhando dentro do efetivo exigido por lei de 30% estão pensando em aderir ao movimento, principalmente depois que alguns que não estavam participando da greve receberem os contracheques com os salários descontados.
O sindicalista explicou que com a cassação da liminar da Justiça Federal que garantia o pagamento integral dos salários aos grevistas pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região muitos federais tiveram corte de ponto dos dias parados. “Nossa Assessoria Jurídica está tentando reverter essa situação na Justiça, para que os dias descontados sejam pagos”, disse Xavier.
No panfleto entregue à população, os policiais federais explicam que antes de decidir pela deflagração da greve negociou com o governo a reestruturação da carreira durante 900 dias, mas não se chegou a um acordo. “Somos a única carreira do Poder Executivo que tem exigência de nível superior para ingresso, mas recebe como nível médio e uma das únicas que não possui plano de carreira. E é isso que estamos reivindicando”, revelou o vice-presidente do Sinpef/SE.
Foto: Daniel Nascimento/Estagiário JC
Negociação
Durvalino Xavier disse que na quarta-feira passada houve uma reunião do grupo de trabalho da Federação dos Policiais Federais com a Direção Geral da Polícia Federal e deveria ser apresentada uma nova proposta com a aquiescência do Ministério da Justiça. Ficou agendada uma reunião no Ministério do Planejamento. No entanto, ela não aconteceu e até ontem eles não tinham informações de se uma nova data havia sido agendada. Segundo o vice-presidente do Sinpef/SE, a causa dos policiais federais já foi abraçada pelo Poder Legislativo e na semana passada o Congresso Nacional aprovou a realização de uma audiência pública para tratar sobre a situação da categoria, encaminhando o projeto de reestruturação da carreira.
A Superintendência da Polícia Federal em Sergipe tem 60 agentes de polícia, 23 escrivães e seis papiloscopistas, cargos que aderiram à greve, mantendo apenas o efetivo mínimo de 30%, que está sendo distribuído para as atividades mais necessárias pela
Fonte: Jornal da Cidade