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Plano regional de segurança só funcionará em dois anos Postado em 26/10/2012 por SINPEFRN às 00:00

Ao argumentar que o governo federal tem adotado uma postura republicana, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse ontem durante visita a Cascavel que os municípios da região terão tratamento igualitário, independente de siglas partidárias, quanto à liberação de verbas ou realização de ações no setor de segurança pública.

Como contrapartida, Cardozo pediu o envolvimento dos prefeitos chamando para si as responsabilidades dessa área. “É muito mais fácil ser contemplado quando os gestores têm projetos elaborados e estão dispostos a caminhar com o governo do Estado e federal”, sinalizou. “Quando um prefeito diz que segurança não é problema seu, ele certamente não obterá recursos”, alertou.

Quanto à fronteira, o ministro afirmou que já recebeu o Plano Estadual de Segurança elaborado pelo governo do Paraná e que tem conversado com frequência com o governador Beto Richa.

Enfatizou as operações feitas em parceria com o Ministério da Defesa e as avaliou como essenciais para conter a criminalidade. “Já melhoramos muito as prisões e as apreensões, chegaremos à plenitude desse programa no fim de 2014 com a elevação de policiamento em toda a faixa [a meta é dobrar o efeito das Polícias Federal e Rodoviária Federal e Força Nacional nas fronteiras] e será quando os Vants [Veículos Aéreos Não tripulados] estarão efetivamente funcionando (...). Isso é um sistema que está sendo produzido, por isso leva um tempo”, seguiu.

Os problemas relacionados com a segurança em boa parte dos 139 municípios considerados fronteiriços só têm aumentado. Os principais deles estão diretamente associados ao tráfico de drogas, de armas, de munições e o contrabando. Ainda há uma enorme dificuldade enfrentada pelos agentes públicos para conter a logística ousada adotada pelos criminosos.

Apesar dos fortes rumores, o ministro José Eduardo Cardozo descartou que o Vant - que é de responsabilidade da PF na região - tenha sido repassado à FAB (Força Aérea Brasileira). O veículo aéreo não tripulado foi uma das grandes promessas para rastrear, sem ser identificado, as quadrilhas que atuam na região. Ele foi apresentado oficialmente há pouco mais de um ano e teria deixado o hangar, em São Miguel do Iguaçu, no máximo três vezes.

Informações extraoficiais dão conta que, entre outros problemas, mas por falta de profissionais para a operacionalização, a aeronave de tecnologia israelense que custou aos cofres públicos da União R$ 8 milhões não estaria mais no Oeste e que corria o risco de não voltar mais. “O Vant é da PF e permanecerá na PF, inclusive acabamos de comprar mais um e, para redução de gastos, eles serão usados em conjunto com o Ministério da Defesa”, afirmou.

Na semana passada a FAB anunciou que havia recebido dois Vants e que voos de teste estavam sendo realizados na Região Centro-Oeste do País. Cardozo voltou a frisar que a inoperância do equipamento na região está relacionada a problemas contratuais com a empresa israelense.

 

Fonte: O Paraná

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