A greve dos agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal completa 36 dias nesta quinta-feira, 13. Nesse dia haverá em frente à sede da PF em Rondonópolis (MT), queima de cópias do diploma de nível superior, execução do Hino Nacional e outros manifestos. O objetivo dos policiais é chamar a atenção da sociedade ao sucateamento que o órgão sofre há alguns anos.

A postura intransigente do governo, com quem se negocia há mais de 900 dias a remodelação da carreira e a reestruturação da tabela salarial, levou 95% da categoria a ficar de braços cruzados na cidade. A adesão ao movimento foi massiva principalmente devido ao fato de o Judiciário reconhecer a greve como legítima, já que o executivo federal submete os policiais a sete anos de arrocho salarial, sem ao menos reposição inflacionária.

A principal reivindicação é a reestruturação salarial, já que os cargos de agente, escrivão e papiloscopista da PF – apesar de exigirem para ingresso nível superior, recebem como nível médio.

Como resultado, diante da falta de reconhecimento e normatização das atribuições de nível superior, a Polícia Federal perde cerca de 200 profissionais treinados por ano, seja por desmotivação com o cargo, seja por obterem aprovação em outra carreira, com salário bem mais elevado.

A fim de não prejudicar a sociedade, o serviço de emissão de passaportes da Delegacia de Polícia Federal em Rondonópolis está funcionando normalmente. Além disso, numa demonstração de razoabilidade, apesar da greve, a PF se comprometeu com o TSE a realizar as atividades de polícia relativas às eleições de outubro.

Fonte: Agência FENAPEF com Comando de greve da PF em Rondonópolis