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Pauta Postado 20120509 por SINPEFRN às 00:00

Policiais só voltam à mesa de negociações quando governo tiver proposta concreta

Faltavam poucos minutos para às 10h da noite quando acabou a reunião entre a representação dos policiais federais e os representantes do governo federal para tratar da reestruturação da carreira e da reestruturação salarial da categoria. Depois de 5h de espera e muita conversa o governo sinaliza para avanços no diálogo entre Planejamento, Ministério da Justiça e DPF, mas na prática não houve um resposta concreta às demandas da categoria.


Logo no início da reunião com o secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, os sindicalistas condenaram as declarações do diretor-geral da PF, Leandro Daiello, que se reuniu com o Planejamento na última semana. Em nota divulgada aos policiais, o DPF afirma que o canal direto de diálogo entre o gabinete da Direção Geral e o Ministério do Planejamento, com participação do Ministério da Justiça, buscará consenso entre as diversas categorias. “A PF pretende apresentar uma proposta única que contemple as diferentes demandas em questão”, diz a nota.


O presidente da Fenapef, Marcos Wink, afirmou que as diversas categoria da PF já construíram um consenso, inclusive firmado em documento assinado por entidades representativas. “Esse consenso foi engavetado no DPF e nada avançou e agora o diretor vem falar em consenso novamente”.

Na reunião que tratou das reivindicações dos policiais não houve resposta concreta aos pleitos de reestruturação da carreira e da reestruturação salarial. Sérgio Mendonça frisou que o Planejamento se reuniu com o DPF e com o ministério da Justiça para tratar da pauta dos policiais. “Precisamos de um tempo para levarmos as propostas para dentro do governo e chegarmos a um consenso”, disse. Mendonça afirmou que o governo federal trabalha com a data de 31 de julho como data definitiva para firmar os acordos com os policiais. Segundo ele, o compromisso do governo é com a gestão pública e com a sociedade.


POLICIAIS – Apesar de haver sinalização de que em junho haverá avanços no diálogo, os policiais federais manifestaram seu descontentamento com o andamento das negociações que já se arrastam há mais de dois anos. A Fenapef e representantes de outros sindicatos destacaram que voltam à mesa de negociações somente quando o governo tiver respostas à pauta apresentada ao Planejamento. “O salário dos policiais é o menor entre as carreiras de estado, temos uma evasão em nossos quadros de cerca de 3 policiais por semana e tivemos uma abstenção de mais de 20% no último concurso público, isso demonstra o atual contexto da Polícia Federal”, disse o diretor de Estratégia Sindical, Paulo Paes.

O vice-presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Minas Gerais, Luis Antônio Boudens, destacou que a Federação e os sindicatos elaboraram um extenso trabalho sobre a atual situação da Polícia Federal tanto do ponto de vista salarial quanto da carreira. Conforme Boudens, todo o trabalho é baseado em números do próprio governo. “Demonstramos, com dados do próprio governo, as distorções em nossa carreira e em nossos vencimentos e agora esperamos que o Planejamento faça a mediação desta pauta e nos dê respostas”.


Também participaram do encontro o presidente do SINPEF/GO, Adair Ferreira dos Santos, presidente do SINDIPOL/DF, Jones Lopes Leal; o presentante do SINPEF/MS, Francisco Lião Carneiro Neto; o vice-presidente do SINDIPOL/DF, Flávio Werneck; o diretor de Relações do Trabalha da Fenapef, Francisco Sabino, o Secretário Geral da Fenapef, João Valderi de Souza, o diretor da Fenapef e vice-presidente do SINPEF/PB, José Tércio Fagundes e o diretor Adjunto da Fenapef, Leandro Miranda Ernesto.

 

Fonte: Agência Fenapef

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