Esperança!

Acredito que este é o sentimento mais forte que os colegas depositam na nova Diretoria da Fenapef que assumiu a menos de um mês a árdua tarefa de reverter um quadro horrível dentro da Polícia Federal.

E confesso que até mesmo este diretor de estratégia sindical também tem esse sentimento.

E vou mais além meus caros colegas EPAs e não EPAs, que fazem parte do grupo saudável de pessoas que pensam no bem e são do bem. Atrevo-me a falar em nome dos outros amigos diretores, mesmo sem a procuração deles para isso, que desconfio que cada um dos demais diretores também traz consigo, bem forte este sentimento, de esperança na nova Diretoria. Incrível não é mesmo? A esperança é generalizada. Está até entre os que a ela devem dar causa.

Esperança de mudar para muito melhor o nosso sindicalismo combalido, antiquado e desacreditado. Esperança de curar este DPF enfermo, moribundo, esfacelado, incongruente, improdutivo e sem direção. Esperança de poder contribuir e muito para a Segurança Pública do Brasil com as nossas mãos e as nossas mentes, com as nossas experiências e os nossos saberes como policiais de verdade. A falta de segurança é de verdade e não mera burocracia, só para dizer o mínimo.

Ter esperança é tudo de bom. Ter esperança é vital num mundo onde ela anda desaparecida, surrada e quando tenta aparecer apanha muito. A nossa Diretoria sabe disso e a coisa que ela mais deseja, podem ter certeza todos que estiverem lendo estas breves linhas, é mostrar que a esperança realmente está de volta entre nós e que ela vai ocupar o lugar das sombras. Acreditem! Só um pouco de paciência conosco. As coisas graves não cedem lugar facilmente. É como o encardido, é preciso esfregar muito.

Mesmo sabedores que o momento é totalmente adverso a nós por uma série de circunstâncias, tanto internas quanto externas, não vamos esmorecer meus nobres colegas sindicalizados, tenham certeza. Estamos trabalhando para que a esperança volte a ser a nossa companhia permanente e trazer de volta o sossego e a tranquilidade que foram roubados de nós.

Saibam que não está fácil este começo para nós, porque o “time recém começou a treinar e já entra na competição com muitos pontos a menos na tabela”. Mas não passa pela nossa imaginação nem derrota nem tão pouco fracasso. Enormes são os desafios que nos esperam, porém são proporcionais à força que nos move para trazer de volta aos nossos colegas e a nós mesmos a esperança que uma meia dúzia de parvos, incapazes morais e outra meia-dúzia de desorganizados roubaram. Cuidem-se doravante alguns desses!   

Sabemos que o nosso êxito só virá com muito trabalho e organização, focados no bem, e já estamos trabalhando para isso.

O bem comum é o nosso guia, por isso não temos receio nem medo de ousar para mudar o que for preciso. São muitas as frentes: jurídica, política, social, administrativa, funcional, a paz social, etc, mas elas já estão mapeadas e as obras de reengenharia vão começar. Aliado a isso tudo há a força individual, a capacidade de trabalho e a vontade enorme de reverter esse quadro de caos interno generalizado tão ao gosto dos criminosos e dos maus funcionários.   Sabemos que é o momento da virada. A falta de perspectiva, o desânimo e a desesperança estão com os dias contados entre nós e consequentemente quem investe neles e deles precisa para viver. Chegou a vez das pessoas normais e saudáveis.

Contamos com a força eclética das nossas bases para mostrar para a sociedade e ao governo a jóia, o diamante que é a Polícia Federal brasileira tão mal tratada, subaproveitada e que não consegue mostrar o seu brilho.

Vai mudar! Vamos mudar!

Jose Carlos Nedel Fagundes

Diretor de Estratégia Sindical da Fenapef

Fonte: Agência Fenapef