O policial federal Marcio Pacheco, de 35 anos - eleito vereador em Cascavel com 1412 votos - decidiu renunciar ao salário de R$ 9.600 que receberia mensalmente pela função legislativa nos próximos quatro anos. A lei prevê que ele poderia acumular seu salário de servidor federal com o de vereador, o que daria algo em torno de R$ 17 mil, caso continuasse a exercer o trabalho de policial.

Pacheco, no entanto, optou em continuar recebendo o salário de policial, cerca de R$ 2 mil a menos do que o receberia como parlamentar. Ele diz que pretende dedicar os próximos quatro anos apenas ao trabalho de vereador e fazer um mandato pautado na integridade e ética política. “Não é o salário que me motiva fazer política, mas a sensação de estar contribuindo com algo de bom para a sociedade”, diz.

Para o vereador eleito, a omissão de pessoas descentes em participar da vida política é responsável pelo descrédito que a classe tem hoje. “Não adianta só criticar e não fazer nada. Se não há participação [de pessoas comprometidas] não tem como esperar um país melhor”, avalia.

O PPL está na coligação do candidato petista José Lemos, mas independente de quem for eleito, Pacheco diz que não será nem oposição, nem situação. “Fui eleito para representar a sociedade e não o prefeito”, diz. O novo vereador garante que sua principal finalidade é levar decência, moralidade e ética para o
Legislativo.

Perfil

Márcio Pacheco é formado em Letras pela Unioeste e policial federal há cinco anos. Durante 10 anos foi policial militar. Atualmente preside o PPL em Cascavel. Católico praticante, realiza palestras, é animador da Pastoral Familiar, integra a Renovação Carismática e a equipe de cântico da paróquia do bairro Consolata.

Fonte: Gazeta do Povo