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Diretor-geral “submerge” durante a greve de policiais federais Postado em 03/09/2012 por SINPEFRN às 00:00

Diante do impasse nas negociações com o governo federal, após quase um mês em greve, agentes, escrivães e papiloscopistas da PF desconhecem o posicionamento do diretor-geral do órgão, delegado Leandro Daielo Coimbra sobre a principal reivindicação da categoria: a reestruturação da carreira o reenquadramentos dos policiais na tabela de remuneração de nível superior, nos padrões de outras carreiras do Executivo.

Na última reunião no Ministério da Justiça, no dia 28 de agosto, os representantes da categoria ouviram do ministro José Eduardo Cardoso sobre uma suposta dificuldade para atendimento da reivindicação.  De acordo com o ministro, a reestruturação salarial dos policias federais iria “desagradar” os delegados, contrários à quebra de uma imaginária “trava salarial”, que possibilitaria a um agente da PF em final de carreira receber remuneração superior à de um delegado recém-nomeado.

O chefe da PF apertou a tecla de invisibilidade e não dá nem sinais de que esteja disposto a intermediar a solução do impasse, num dos momentos mais críticos da gestão de pessoal da corporação nos últimos anos. Nem para o público interno, muito menos para a imprensa, o diretor se pronunciou. Ninguém sabe se ele é contra ou a favor. Muito antes pelo contrário. O piloto, simplesmente, sumiu...

De acordo com informações obtidas pela Agência Fenapef, Leandro Daielo estaria se preparando para assumir, até o final do ano, o cobiçado cargo de adido policial, na embaixada brasileira em Roma. Outros três diretores do órgão também estariam com vaga garantida para representações da PF no exterior. Somando as vantagens, a remuneração de um adido na Europa pode chegar a US$ 17,5 mil, valor correspondente a mais de quatro vezes o salário inicial do agente, escrivão ou papiloscopista da PF, atualmente em R$ 7.514,33 brutos.

Se confirmada, a saída do diretor da PF para assumir o novo cargo no exterior, pelo menos uma das reivindicações dos policias federais em greve vai ser atendida. Neste caso, o “Fora DG” seria um prêmio por sua indiferença em relação à crise na instituição.

A Fenapef fez contato com a assessoria de comunicação da direção-geral da PF, em busca de um posicionamento do diretor sobre a greve e as reivindicações dos policias, mas foi informada que Daiello não se manifesta sobre o assunto.

Fonte: Agência Fenapef

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