Conselho delibera hoje greve e agenda política para debater desigualdades na PF
A Federação Nacional dos Policiais Federais convocou os 27 presidentes de sindicatos estaduais, que compõem o Conselho de Representantes da entidade, para uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE), que será realizada na próxima quinta-feira, dia 30, em Brasília. Além dos rumos da greve, os representantes terão na pauta de discussão a criação de uma agenda política para discutir as desigualdades dentro da PF e de uma agenda de mobilizações para os próximos 4 meses. Os cinco cargos da carreira policial federal são de nível superior, mas somente dois são remunerados como tal.
Entre as propostas que serão debatidas estão a realização de audiências públicas no Congresso Nacional e nas assembleias legislativas dos Estados, assim como a interlocução com organismos nacionais e internacionais. A
A falta de reconhecimento das atribuições, que de fato hoje são desempenhadas por todos os policiais federais, bem como a discrepância salarial entre os cargos de agente, escrivão e papiloscopista e as demais carreiras típicas de Estado de nível superior do Executivo Federal tem causado uma enorme evasão dos policiais federais recém-empossados. A carência de efetivo na PF virou um problema difícil de ser resolvido em curto prazo, comprometendo todo o rol de atividades estratégicas do órgão.
Independente da finalização da lei orçamentária e do movimento paredista, o aumento dos suicídios, o descaso da PF com seus recursos humanos, a falta de planejamento contra o terrorismo, a militarização de setores civis da segurança pública são fatores que demandam a discussão com demais setores da sociedade brasileira e exigirão uma agenda política constante.
Fonte: Agência Fenapef