Como tema central da última Assembleia Extraordinária, o Conselho de Representantes analisou o emergencial contexto de negociação remuneratória junto ao Governo Federal, um processo que se arrasta por vários anos, enquanto a inflação corrói os subsídios dos agentes, escrivães e papiloscopistas.

Nos últimos anos a diferença de tratamento em relação às demais carreiras típicas de Estado é absurda, sendo ainda mais revoltante a percepção de que, não bastasse o descaso do governo, categorias historicamente privilegiadas dentro da PF prejudicam e influenciam negativamente as negociações.

Através de intensa troca de ideias, ao final da assembleia foi aprovada a criação de um calendário de mobilização. Será um movimento crescente, cuja intensidade dependerá do governo cumprir suas próprias promessas.

Como amadurecimento natural do movimento sindical, as lideranças sindicais planejam o direcionamento político das ações, buscando mostrar à sociedade o que o Governo Federal está fazendo com a Polícia Federal. Algo que aparenta ser um castigo pelas ações de combate à corrupção que tornaram a instituição tão querida pela população.

Foi aprovada por unanimidade a criação de um Fundo de Greve, com o direcionamento de recursos provenientes das ações judiciais. Nas próximas semanas já é previsto um montante que se aproxima de um milhão e trezentos mil reais, específicos para um movimento que busca salvar os policiais federais agentes, escrivães e papiloscopistas do sucateamento salarial.

Pela complexidade e necessidade de ampla participação, na semana que vem assembleias estaduais e, posteriormente, uma videoconferência da Fenapef e Conselho de Representantes definirão detalhes do Calendário de Mobilização e novas políticas de investimento no Fundo de Greve. 

Os agentes, escrivães e papiloscopistas, cargos de nível superior com formação acadêmica multidisciplinar, exercem atribuições complexas e com risco de vida já mapeadas oficialmente há décadas. É preciso exigir do governo um tratamento justo igual ao dispensado às demais carreiras típicas de Estado.

Se não ocorrer a conscientização de todos pela luta por sobrevivência...

 - o Governo Federal vai continuar desvalorizando os nossos cargos em relação às demais carreiras públicas;

 - o Governo Federal vai continuar estimulando a evasão de policiais federais para outros concursos;

 - o Governo Federal vai continuar cortando os investimentos da PF;

 - o Governo Federal vai continuar nomeando altos gestores sem personalidade suficiente para discordar e contentes com a possibilidade de adidâncias;

 - o Governo Federal vai continuar passando as competências do órgão para outras instituições, publicamente desvalorizando um órgão que incomoda por combater a corrupção.

 LUTE, POIS O QUE ESTÁ EM JOGO É A QUALIDADE DE VIDA DA SUA FAMÍLIA
E O SONHO DE MELHORAR O NOSSO PAÍS!

Diretoria da Fenapef

Fonte: Agência Fenapef