Em entrevista à TV do Servidor nesta terça-feira (20), em Brasília, o Presidente da Fenapef, Luís Antônio Boudens, e o Diretor de Secretaria da Fenaprf, Dovercino Neto, participaram de um amplo debate sobre as principais pautas de interesse da segurança pública.

Na oportunidade, Boudens falou sobre a atuação crescente de organizações criminosas, a ausência de estatísticas sobre portes de armas e criminalidade, o falho modelo de investigação policial, a ausência de orçamento definido no texto da Constituição para a segurança pública, a falta de políticas de estado e o impacto direto na rotina dos policiais do país.

“Diante de quaisquer acontecimentos ou manifestações da sociedade, o Governo fala em lançar um Plano Nacional, mas não queremos planos e sim políticas públicas permanentes para o bom rendimento da segurança pública”, afirmou o presidente.

Ainda sob o prisma político, Boudens falou que o governo não demonstra capacidade nem para nomeação de ministros. “Não basta apenas ter bagagem jurídica e política, mas também ser um especialista em segurança pública. Um dos grandes gargalos que enfrentamos é a falta de recepção de um grupo técnico nos ministérios para tratar das pautas do setor” destacou.

O assalto ao Fórum em São Paulo ontem, que resultou no roubo de armas, também foi comentado. “Eles agem porque sabem que ficarão impunes. As atitudes demonstram a capacidade de organização e coragem dos criminosos”, disse Boudens. “O crime organizado está muito mais organizado que a própria segurança pública. Eles agem em nível interestadual e nem o Governo vem exercendo essa capacidade”, completou.

Como reflexão, no encerramento do debate, os participantes deixaram clara a necessidade de se reestruturar o sistema de segurança pública, resgatar as essências e ir em busca daqueles que tem perfil de policial, com capacidade de trabalhar em equipe e combater efetivamente a criminalidade.

FONTE: Agência Fenapef