notícias

Rio de Janeiro Postado 20111031 por SINPEFRN às 00:00

Força-tarefa prende menor acusado de matar policial federal

O mundo do crime está a cada dia mais ousado. Um menor de 17 anos foi preso por uma força-tarefa composta por três agentes federais e 10 PMs no morro do Bumba, em Niterói. Esse menor é acusado de ter matado o agente federal Carlos Henrique Ramos Cerqueira, de 44 anos, quando ele, a trabalho, entrava na comunidade do Jacaré, em Piratininga.

A polícia confirmou importantes informações dando conta que os acusados de envolvimento na morte do agente federal seriam três pessoas ligadas ao tráfico na comunidade do Jacaré, mas que apenas um seria da localidade. Outros dois oriundos do Morro do Bumba, mas ligados à facção criminosa Comando Vermelho (CV), que controla a venda de drogas na comunidade do Jacaré. Os outros dois acusados da morte do agente federal estão foragidos, mas já foram identificados.

O menor alegou (ao contrário do que a polícia acredita) que não atirou no agente federal, e que apenas foi o responsável por guardar duas armas. Ele revelou então que tanto a pistola austríaca da PF, quanto uma outra modelo Taurus estavam escondidas num terreno nos fundos da casa de sua namorada. As armas foram encontradas momentos depois. O menor, que seria ligado ao tráfico, foi então conduzido para Delegacia da Polícia Federal em Niterói, onde prestou depoimento na tarde de sexta-feira 28).

O titular da Delegacia Fazendária da PF, delegado Hilton Coelho, confirmou que o agente Carlos Henrique teria ido até Piratininga para complementar um trabalho de escuta telefônica e seu objetivo era registrar fotos de um suspeito. Um mototaxista, que também está sendo procurado pela polícia, percebeu a presença do agente federal (que estava à paisana) e avisou para o menor e outros dois acusados sobre a presença do policial. O menor e outros dois acusados então saíram do interior da comunidade e teriam interceptado a tiros Carlos Henrique, que conduzia uma motocicleta. A vítima foi atingida no peito. Em seguida roubaram sua arma, mas não a motocicleta. O agente morreu no local.

“Ele (Carlos Henrique) era um amigo pessoal. Se não dermos uma resposta a esses crimes, os criminosos acabam pegando gosto pela coisa. Quando praticam esse tipo de crime, eles sobem na hierarquia dos marginais. O êxito de nosso trabalho não seria possível sem a participação e união das polícias Civil e Militar”, concluiu o delegado Hilton Coelho mostrando a arma que havia sido roubada do agente federal e recuperada, e a outra com numeração raspada.

Fonte: Jornal Enter

voltar