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Policiais de todo o país protestam na Esplanada dos Ministérios Postado 20170210 por Sindicato dos Policiais Federais às 10:54

Milhares de policiais militares, civis, federais, bombeiros e agentes do Departamento de Trânsito (Detran) de vários estados estão no gramado em frente ao Congresso na tarde desta quarta-feira (8/2). Eles protestam contra a possibilidade de as forças de segurança serem afetadas pela Reforma da Previdência, cuja proposta foi encaminhada ao Congresso Nacional pelo presidente Michel Temer (PMDB-SP).

O presidente da Associação dos Peritos Criminais Federais (APCF), Marcos Camargo, alega que as mudanças propostas pela Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287 podem prejudicar a segurança pública. “O projeto prevê a retirada da atividade de risco como motivadora de aposentadoria especial. Eles não levam em consideração a baixa expectativa de vida de peritos, agentes e policiais”,  explica.

A maioria dos manifestantes usa uma camiseta ou colete da chamada União dos Policiais do Brasil (UPB), que unifica os servidores das forças de segurança. Alguns parlamentares estão em cima de um caminhão de som para dar apoio à manifestação.

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF, Rodrigo Franco, afirma que o protesto não se restringe a Brasília. “Esse projeto conseguiu algo inédito, que é a união de todas as forças de segurança. Além daqui, haverá atos em diversas capitais do país e um trabalho forte de diálogo com deputados e senadores”.

Segundo a PMDF, estão presentes cerca de 10 mil participantes de 30 entidades de segurança do Brasil. O presidente do Sindicato dos Policiais Federais do DF, Flávio Werneck, acredita que dados técnicos podem sensibilizar o Congresso.
“Países de primeiro mundo, ONU, OIT, todos reconhecem a atividade policial como de risco. O Brasil é, inclusive, signatário desses órgãos internacionais e precisam seguir as recomendações”,  argumenta Werneck. “Mas se isso não for suficiente, continuaremos a união e tomaremos as ruas. Essa manifestação de hoje é um embrião de uma greve geral”,  acrescenta.


Crédito: João Amador/ Metrópoles


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