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Fase III da Operação Huno apura fraude financeira no valor de 17 milhões de reais Postado 20160722 por Sindicato dos Policiais Federais às 14:48

A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (22/07), a terceira fase da Operação Huno, de combate ao mercado clandestino de cigarros. Policiais federais cumprem cinco mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal em três municípios gaúchos: Porto Alegre (01), Passo Fundo (01) e Santa Cruz do Sul (02).

Na fase III, o escopo é apurar delitos de gestão temerária e obtenção fraudulenta de financiamento, envolvendo dirigentes de uma instituição financeira e um empresário do Vale do Rio Pardo. Há suspeita de que tenha havido indevida liberação de recursos para as empresas administradas pelo empresário do ramo fumageiro. Somente uma das empresas implicadas teria obtido empréstimos mediante fraude em valores superiores a R$ 17 milhões. Os documentos e mídias arrecadados serão levados para Porto Alegre para serem periciados e analisados. As investigações estão em segredo de Justiça.

A Operação Huno, uma força-tarefa da Polícia Federal, Receita Federal e Procuradoria da Fazenda Nacional, foi deflagrada em 05 de novembro de 2015 nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Pará. Na oportunidade, foram mobilizados 200 policiais federais, 84 servidores da Receita Federal e 4 procuradores da Fazenda Nacional para cumprir 14 mandados de prisão e 50 de busca, além da determinação judicial do sequestro/arresto de 59 imóveis, 47 veículos, contas bancárias, patrimônio que totaliza aproximadamente setenta e nove milhões de reais. Os ilícitos abrangiam associação criminal, receptação, falsificação de documentos, sonegação fiscal, exportação irregular de fumo, contrabando de cigarros, adulteração de produtos entregues a consumo e pirataria de marcas registradas.

Arquivo Operação Huno -Fase I - 05.11.2015 (2)Os investigados utilizavam empresas de fachada e laranjas para desviar tabaco da cadeia econômico-tributária. Parte desse fumo era fornecido para fábricas no Paraguai através de exportação irregular e retornava ao Brasil como cigarro industrializado contrabandeado. O restante seguia para fábricas clandestinas de cigarros localizadas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, que, ironicamente, falsificavam marcas paraguaias para distribuição no mercado nacional. O pagamento pelo fumo processado era realizado com o produto contrabandeado ou pirateado e em automóveis de luxo, máquinas urbanas (retroescavadeiras e motoniveladoras) ou agrícolas (colheitadeiras e tratores). A organização criminal ainda se encarregava de revender os cigarros e os veículos na região ou mesmo fora do estado.

Em uma segunda etapa, desencadeada em 31 de março de 2016, foram cumpridos nove mandados de busca nos municípios de Santa Cruz do Sul, Vera Cruz e Venâncio Aires e presas sete pessoas por envolvimento em esquema de roubo de carga de fumo processado.

Comunicação/PF

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